sábado, 15 de novembro de 2008

A segunda-feira fatídica e o plano final

Continuando a nossa trajetória (depois de uma semana quase sem postar!), de Domingo para Segunda praticamente não dormimos. Logo cedo a perua da prefeitura de Santo André chegou na locação e começamos a carregá-la com o equipamento que seria devolvido para a locadora Locall (o pesado, de luz). E dá-lhe trampo braçal. Assim, sonolentos, partimos eu, Tião e Altair, o motorista, deixando o Daniel com os equipamentos da Bureau (câmera e som) e da ELCV.
Trânsito até a Locall, na Vila Mariana. Chegamos, tivemos que esperar um tempão pra podermos descarregar, pois segunda de manhã é o horário "de pico" lá, pois muita gente está devolvendo toneladas de equipamento de luz (caminhões cheios). Ficamos por lá, conhecendo algumas pessoas da Locall, gravando um pouco do making of. Cheguei a cochilar na kombi, em um momento, pois estava morto, capengando em pé.
Afinal, conseguimos descarregar tudo, e então partimos novamente. Fiquei no metrô (iria descansar umas duas horas em casa), o Tião foi com a kombi levar algumas coisas pra ELCV em Santo André.
Em casa, descarreguei minhas coisas na sala, fui deitar mas não conseguia, de jeito nenhum, dormir. Tínhamos uma diária pela frente e algumas coisas me preocupavam, como o fato de que não tínhamos ainda a locação do hospital (as cenas em que aparece o corredor do hospital onde o Mau trabalha). Fiz algumas ligações, vi que realmente não conseguimos a permissão para gravar em nenhum hospital. Já cogitava algum improviso...
O Victor e o Daniel passariam umas 15 horas em casa, pra irmos a Santo André gravar as cenas externas. A guarda da polícia já estaria lá nos esperando, e o Leo também. A equipe, neste dia, era Daniel, Leo, Victor e eu. Reduzida, pra facilitar transporte e nossas táticas, que tinham que ser ligeiras.
Passaram em casa e fomos. Cansados, mas empolgados com o término das gravações. Entre piadas, histórias e relatos, chegamos rapido. Começou a chover quando entramos em Santo André. Mau presságio. Pensei: "Ferrou. Como fazer as cenas na rua com essa garoa infeliz? Na história, é um dia quente e abafado." Felizmente, depois parou a chuva.
Chegando lá, fui comprar uma fantasia que um dos figurantes (no caso, eu) ia vestir numa cena na rua. Os caras já foram tendo a idéia de transformar o corredor da Escola (que fica num cine-teatro) em cenário, para o hospital. Foi uma ótima idéia e nos salvou.
Fomos montando então o tal corredor de hosital público: improvisamos bancos de espera, uma mesinha, uma "maca", fui conversando com alunos da turma nova que já chegavam para a aula daquela noite. Alguns eu já conhecia, de modo que foi até que fácil convencê-los. Tratava-se de um corredor de hospital por onde transitariam pacientes, médicos, enfermeiros, etc. Esta era a ação. Mau, o anestesista, anda pelo corredor apressado, querendo sair logo do trampo e chegar a tempo no jantar. Em pouco tempo reunimos todos, inclusive alguns alunos da nossa turma: Ana, Ju, Cris... fica aqui o agradecimento a estes colegas salvadores, e também à turma nova (a Gabi por exemplo, e o Rubens, atuaram de verdade mesmo, com falas e tudo mais, no improviso do momento, e ficou bom). O legal é que tínhamos um clima bom e bem-humorado, ainda que tenso. Surgiram várias risadas, porque eram cenas em que o Victor (o Mau) estava muito cômico, quase um Jerry Lewis. Nos cagamos de rir.
Liberamos os figurantes, fizemos as outras cenas que faltavam e começamos a nos agilizar pra ir, acompanhados da guarda, gravar nas ruas. As cenas das ruas foram tranqüilas e também contamos com a boa-vontade de alguns transeuntes que por lá passavam, no calçadão. Nem preciso dizer que foi super engraçado também. Compusemos uns quadros bem bonitos, com a luz noturna e (detalhe muito proveitoso) o chão molhado, pois tinha chovido.
Em seguida fizemos as do ponto de ônibus, em que Mau faz sinal pro ônibus e entra nele (mais figurantes ocasionais apareceram), e voltamos felizes pra Escola.
Na Escola fiz mais alguns planos com o Victor, dele no telefone, de modo improvisado, pois não tínhamos mais tempo. Depois, captamos algumas voz over do Victor, e da Ana e da Cris falando com ele ao telefone, e foi isso. Terminamos no tempo limite, com aquela sensação de dever cumprido. Não posso reclamar de não ter conseguido alguns planos que tinha em mente. Fizemos o possível e o impossível. Nos entregamos mesmo.
E foi isso, na manhã seguinte fui devolver os equipamentos da Bureau, e começar a pagar algumas contas e dívidas que contraí durante as gravações. Essa parte é chata, mas não tem jeito. É assim que é. Ainda hoje, quase duas semanas depois, ainda estou acertando esta parte dos gastos aos poucos, vendo o que deixei pelo caminho, tentando deixar tudo em ordem. E tentando conciliar o meu trabalho de design com essa rotina de loucura que a gente vive quando grava ou filma.
Alguns contatos já foram feitos em relação à montagem do filme (inclusive com um professor nosso muito querido e muito bom), e espero começar em breve a montá-lo. Este fim-de-semana agora estou mexendo no making of, que quero montar antes do filme, e talvez consiga fazerum trailer para iniciar a divulgação. Falando em divulgação, temos idéias muito legais também para cartazes e coisa do tipo.
Manterei a todos informados. E logo mais coloco as fotos, que estou devendo já!

abraços

Will

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Mais algumas ilustrações


Caros, peço desculpas pela demora pra prosseguir com o "diário". E também pela demora para colocar os logos dos apoiadores e colaboradores, estou esperando alguns enviarem-me os logos para poder colocar todos de uma só vez.
Seguem algumas ilustrações que estou preparando para a divulgação do filme, além da do Timmy como vinil, na barra lateral do blog, e a do macarrão, do título. As ilustras entrarão em cartazes, capa e coisa do tipo. Ainda não estão finalizadas.
Ainda estou tentando chegar num estilo mais definido para as ilustrações, para o traço. Minhas referências de pesquisa para elas foram o Dr. Fantástico (Kubrick), Tudo sobre minha mãe (Almodóvar) e Juno (Jason Reitman), mas ainda estão cruas, variando muito de identidade.