Maurício. Esse é o nome do personagem.
Victor. Esse é o meu nome.
Parece ridículo tentar se lembrar do próprio nome né? E na verdade é isso mesmo.
Mas ler um roteiro cujo personagem principal, por coincidência ou não, leva uma vida igual a sua. Tentar interpretar a si mesmo em um filme provoca este tipo de reação. Se "O ator é um fingidor", nada me parece mais difícil que desassociar a dor de um personagem da minha própria.
Muitas vezes me vi ao telefone dizendo: "To indo, mas vou atrasar!" para um casal de amigos (né, Daniel, Teresa), quantas outras vezes não fui xingado por não ter tempo de sair com outros amigos, e quantas vezes me meti em rolos e confusões que nem sempre eram minhas, mas que exigiam soluções minhas.
Esta é a vida do Mau. E é a minha também.
O tempo é o ponto que mais mexe comigo. À primeira vista não salta aos olhos no roteiro, a violência parece ser o mais explícito, mas é a causa de boa parte deste roteiro. É pela falta de tempo que Mau faz o que faz no Bar (o que é? não direi...), é por conta dele que tem sua vida em turbilhão e por conta dele não consegue encontrar seus amigos com frequência.
Se a violência parece ser o protagonista do filme, o tempo parace ser o leitmotiv.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
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